Em parceria com grupo voluntário, Hospital São Vicente oferecerá apoio psicológico a familiares enlutados

O processo do luto é formado por diversas fases e reações, de reorganização pessoal e adaptação à ausência de quem partiu. Muitas vezes, neste momento difícil, se faz necessário encontrar um novo significado para a vida. Buscando minimizar a dor dos familiares, a equipe de psicologia hospitalar do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), em parceria com o grupo voluntário “Visita Vicente”, dará início na próxima semana a um projeto de amparo psicológico aos parentes que perderam seus entes queridos. 

A iniciativa conta com duas etapas, entre a comunicação da instituição com o familiar, após um mês da partida do paciente, e a oferta do atendimento psicológico gratuito. “Uma perda é um evento estressante que provoca um desgaste físico e emocional significativo, por isso, como uma maneira de expressar nosso respeito e suporte nesse período, nós enviaremos uma carta de condolências junto com um material informativo, intitulado “Processo de Luto e Vida para Quem Fica”, com respostas aos questionamentos normalmente vivenciados durante o luto”, explica a supervisora do departamento de psicologia do HSV, Caroline Alves. 

Além de sentimentos como choque, tristeza, culpa, solidão e ansiedade, sintomas físicos também podem se manifestar. É comum que o enlutado sinta um vazio no estômago, aperto no peito, nó na garganta, fraqueza muscular, falta de ar, entre outros traços causados pela carga emocional. “O luto traz transformações que atingem todas as esferas da vida. É preciso encontrar respostas que transcendam este momento, para que a pessoa vivencie o processo de luto, de adaptação, não só exterior, em decorrência das circunstâncias, mas principalmente as mudanças interiores, de propósitos mais elevados, de repensar sobre as crenças e valores pessoais”, avalia Caroline. 

O acompanhamento será realizado pela psicóloga voluntária, Aline Cristina Mafei Kaneyassu. “Eu sempre digo que a psicologia me escolheu e não ao contrário. Saber que eu tenho a possibilidade de ajudar essas pessoas por meio desse trabalho é uma sensação de gratidão, sinto até aquele quentinho no meio do peito. É um prazer fazer parte desse projeto”

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