Vacinados, os membros do grupo voluntário “Visita Vicente” retomaram, nesta semana, o projeto de acolhimento do centro cirúrgico no Hospital São Vicente (HSV). As atividades desempenhadas pela equipe foram suspensas no início da pandemia para preservar a saúde dos integrantes, na grande maioria idosos ou do grupo de risco. Os outros projetos como o bazar beneficente e o acolhimento das outras unidades como a do Pronto Socorro de Ortopedia e Unidade Pós-Operatória, continuam suspensos. Atualmente, 25 voluntários retomaram suas funções na instituição.
Antes da pandemia, o acolhimento era feito de forma presencial, em uma sala equipada com um televisor de monitoramento das cirurgias. O familiar aguardava no local e recebia as atualizações por meio dos voluntários. Com a adequação necessária para manter o ambiente seguro, o trabalho está sendo realizado via contato telefônico em uma sala fora da instituição, dentro de um setor administrativo. “Nós ligamos no centro cirúrgico para pegar os dados dos pacientes que estão em procedimento. Logo depois, com o número de telefone informado no prontuário, ligamos para o familiar. É um trabalho que tranquiliza esse parente que está em casa”, explica a voluntária Maria Claudete Feres Sada Machado.
Mesmo afastados, o espirito solidário falou mais alto durante o isolamento dos integrantes, que realizaram ações voltadas ao combate da covid-19 com o objetivo de continuar ajudando o hospital nessa batalha. O grupo organizou campanhas para arrecadação de alimentos e itens de higiene, enviaram vídeos, áudios e mensagens com palavras de incentivo aos profissionais da saúde, celebraram a Páscoa angariando verba para compra de ovos de chocolate para os funcionários, entre outras ações.
“Eu não via a hora de voltar para o hospital. Decidi ser voluntária pois também fui paciente. Passei por uma cirurgia cardíaca, fui bem atendida e fiquei encantada com o São Vicente. Logo que sai de alta já me inscrevi para ser voluntária aqui. Nós vestimos a camisa da empresa, contribuímos para fortalecer o HSV”, conta Maria.
“Eu gosto do ambiente hospitalar, além de ser um trabalho muito tranquilo. Nós oferecemos, num primeiro momento uma informação, uma ajuda e até um ombro amigo. É muito gratificante”, disse a voluntária Rosangela Azzone.