Serviço é responsável por monitorar taxa de mortalidade e executar ações preventivas
Conhecidas como Doenças e Agravos de Notificação Compulsória (DNC), a aids, coqueluche, meningite, sarampo e rubéola, tuberculose, síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave – como a covid-19 – são algumas das patologias listadas pela Secretaria de Estado da Saúde que exigem comunicação obrigatória às autoridades de saúde. No Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) a vigilância é constante e realizada pelo Núcleo Epidemiológico de Vigilância Hospitalar (NEVH).
Com objetivo de definir o perfil epidemiológico dos pacientes e elaborar planos de ação para controle de determinados agentes, o trabalho, coordenado pela enfermeira Bárbara Garcia, conta com a parceria do Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (SCIRAS) e da Vigilância Epidemiológica do município de Jundiaí. Desenvolvido em conjunto com as equipes assistências, que possuem papel fundamental na identificação dessas enfermidades, o serviço ainda está em fase de adaptação.
“Nós gerenciamos as doenças emergentes que constituem ameaça sanitária internacional. Todos os dias, acesso as fichas de óbitos registrados na instituição e avalio caso a caso. Posteriormente, faço o perfil epidemiológico e por meio desse recurso tentamos entender qual patologia é mais incidente, do que as pessoas estão falecendo. Em breve, o mesmo processo deve ser aplicado às internações. Frente aos dados, criamos protocolos e medidas de prevenção. Vale lembrar que também realizamos esse trabalho com os casos encaminhados dos Prontos Atendimentos dos quais administramos”, conta Bárbara.
Treinamento
Recentemente, as equipes receberam orientações que garantem a efetividade dos processos e reforçam a importância do fluxo para diminuição dos riscos. “Nós desenvolvemos um treinamento exclusivo para enfermeiros e obrigatório aos que realizam assistência em área de isolamento covid. O objetivo é frisar a importância do preenchimento adequado das notificações e o envio para o e-mail correto dos responsáveis, fazendo com que a comunicação com a vigilância epidemiológica seja mais rápida e efetiva. Preparamos também um documento para que todos tenham acesso a lista de doenças. Esse será um tema que abordaremos semestralmente, pois as fichas se atualizam e trazem dúvidas ao time que executa seu preenchimento”, explica a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HSV, Diana Amaral.