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Com hábitos saudáveis e acompanhamento médico, é possível viver normalmente com apenas um rim

Lembrado toda segunda quinta-feira do mês de março, o Dia Mundial do Rim tem como objetivo conscientizar a população sobre os cuidados com os rins e a prevenção de doenças renais. Responsáveis por filtrar o sangue, equilibrar a quantidade de água no corpo e produzir hormônios que regulam a pressão arterial, os rins são órgãos que trabalham muito bem em dupla, mas também são capazes de se adaptar a situações em que apenas um deles atua no organismo. É o caso de pessoas que nascem com apenas um rim, doadores ou pacientes que precisam retirar o órgão após complicações de saúde.

Segundo a nefrologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dra. Magda Yuriko Ikeda Pupo, é possível ter qualidade de vida com apenas um rim, mas é necessário o acompanhamento médico. “No caso de pessoas que nascem com apenas um rim ou que são doadoras, geralmente, não há nenhum risco ou problema de saúde. Mesmo assim, é importante fazer acompanhamento com o nefrologista. Nos demais casos, se o rim tem algum grau de comprometimento, o acompanhamento é obrigatório”, afirma.

Por meio de exames de rotina e assistência médica, é possível detectar se o paciente tem uma boa evolução com apenas um rim ou se é necessária alguma terapia renal substitutiva. “No geral, pacientes com apenas um rim evoluem como se tivessem os dois. Em alguns casos, inclusive, acontece o que chamamos de ‘rim vicariante’, que é quando o único rim ultrapassa um pouco o tamanho normal, para suprir a falta do outro. O transplante renal é indicado apenas quando um dos rins, ou os dois, param de funcionar, mas, geralmente, é precedido de hemodiálise ou diálise peritoneal”, explica Dra. Magda.

Dra. Magda Pupo explica que hábitos saudáveis são essenciais para manter a saúde do rim

A nefrologista também explica que os rins não são afetados apenas por doenças renais, como cálculos renais, glomerulopatias ou doenças genéticas. “Os rins são órgãos que, na maioria dos casos, são impactados por outras doenças, como hipertensão, diabetes e lúpus, ou medicamentos, como anti-inflamatórios”, aponta.

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