fbpx

Refluxo atinge mais de 25 milhões de brasileiros, afirma pesquisa

Azia, sensação de aperto no peito e queimação na boca do estômago são sintomas que indicam uma doença comum no país: o refluxo. A condição, digestiva patológica, é caracterizada pelo retorno involuntário do conteúdo gástrico para o esôfago, podendo atingir a via aérea superior e o pulmão, por exemplo. Hoje, 25,2 milhões de pessoas convivem com a doença no Brasil, segundo dados divulgados pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBC). Confira as orientações do gastroenterologista e cirurgião geral do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dr. Marcelo Pedro da Silva, para identificação, tratamento e prevenção da doença.

O que muitos não sabem é que tosse seca, dor de garganta e problemas odontológicos também podem ser um indício da patologia. O excesso de acidez pode afetar outras regiões do corpo. “É natural que nesses casos o paciente procure por um dentista, já que identificam a deterioração dos dentes, ou otorrinolaringologista, por exemplo, a fim de fazer uma endoscopia ou algo do tipo. Para a surpresa do paciente, muitas vezes o diagnóstico é a doença do refluxo”, conta o médico.

O diagnóstico correto é feito pelo médico, por meio de pHmetria, para medir o pH do esôfago e detectar distúrbios relacionados à acidez; e manometria, para aferição da pressão de várias partes do trato digestório.

Azia e sensação de aperto no peito são alguns dos sintomas

O tratamento clínico envolve medicamentos já conhecidos como, por exemplo, omeprazol. Mas, segundo a Medicina, a mudança do hábito alimentar é o melhor caminho para tratamento e prevenção. Dr. Marcelo indica que o paciente fracione a dieta – comendo pouco e várias vezes ao dia – e evite ingerir líquidos durante a refeição e deitar-se logo após as refeições. “É preciso esperar em torno de 40 minutos e não comer, excessivamente, à noite. Comidas gordurosas, café, chá preto, bebida alcoólica, bebida gaseificada e condimentos como pimenta, mostarda e maionese são alguns alimentos que não devem ser consumidos em excesso. Quando o paciente faz todo o tratamento clínico, melhora os hábitos e, mesmo assim, não funciona, partimos para o tratamento cirúrgico. Existem alguns fatores de risco como a obesidade e, por isso, em questões de saúde, estimulamos ações de emagrecimento também”.

Algumas técnicas podem contribuir para amenizar os sintomas. “O paciente pode ajustar a cama e deixá-la mais reclinada para quem possui muitos sintomas noturnos. Ressalto que essa inclinação não deve ser feita com travesseiros – já que a extensão exagerada do pescoço pode gerar outros problemas – mas, sim, na altura da própria cama com um calço ou algo parecido”, instrui o cirurgião.

Dr. Marcelo Pedro da Silva fala sobre sintomas, prevenção e tratamento do refluxo

Related Posts