Só em setembro, 214 ligações falsas foram registradas
No Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), cada minuto conta. Por isso, os “trotes”, como são chamadas as ligações falsas, são tão prejudiciais para quem se dedica a salvar vidas. Cada vez que o SAMU atende um desses telefonemas, um pedido de ajuda real fica na linha, aguardando sua vez. O problema é que essa pessoa não pode esperar.
O número de trotes não para de subir e isso é preocupante. Foram 174 ligações falsas registradas em agosto e 214 contabilizadas em setembro, um aumento de cerca de 23% em apenas um mês. O que para muitos pode parecer uma simples brincadeira, para outros pode custar uma vida. “Quando uma pessoa liga para o telefone 192, é porque ela está precisando de ajuda. Pode ser uma vítima de acidente de trânsito, uma criança engasgada, um paciente infartado ou qualquer outra pessoa que precise de atendimento médico. Por conta dos trotes, esse paciente pode ficar sem o atendimento do SAMU, que foi destinado para uma ocorrência falsa”, explica o coordenador médico da unidade, Dr. Marcelo Okamura.
A equipe é preparada e capacitada para identificar trotes e chamadas falsas e, por isso, o processo é ágil. Mesmo assim, os telefonemas mal-intencionados dificultam o trabalho sério do SAMU. Segundo levantamento, as crianças são as que mais fazem ligações falsas.
“Devemos ser conscientes e responsáveis ao utilizar os serviços de emergência e os pais e responsáveis devem supervisionar seus filhos. É importante ensinar a diferença entre brincadeiras e a seriedade de uma chamada de emergência. Com educação e diálogo, podemos evitar que esses trotes aconteçam e garantir que o SAMU esteja disponível para salvar vidas”, afirma Dr. Okamura.
Pais e responsáveis devem alertar crianças para que não apliquem trotes