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Redução de 63% no índice de internação não deve representar relaxamento em restrições

Período mais crítico registrou 99 novas internações semanais no Hospital São Vicente. Nesta semana foram 37. 

A pandemia mundial de covid-19 ainda não acabou. Vidas continuam em risco, pessoas seguem internadas e outras ainda serão surpreendidas pela doença. Enquanto não se tem uma solução “definitiva”, seja uma vacina com eficácia comprovada ou um medicamento letal contra o novo coronavírus, a vida segue com medo, insegurança e cuidados que jamais poderão ser deixados de lado. Uso de máscara de proteção, higienização frequente das mãos, distanciamento social. É o “novo normal”.

Em Jundiaí e região, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) tornou-se referência para o tratamento SUS (Serviço Único de Saúde) covid-19. Desafio que, com o tempo, deixou evidente o potencial da instituição centenária sob vários aspectos, principalmente estrutural e profissional. “Os primeiros casos de internação surgiram na segunda quinzena de março, desde então, são 25 semanas de monitoramento constante e minucioso, com foco em oferecer estrutura qualificada em saúde à população. A semana inicial registrou 30 internações. Em períodos de pico – junho e julho – chegamos a 99. Hoje o índice é de 37”, destaca Matheus Gomes, superintendente do HSV.

A trajetória do HSV tem sido desenhada com olhar atento ao futuro, sempre pensando na frente. “A diretoria, equipe multidisciplinar e órgãos competentes de nossa cidade seguem com reuniões diárias, onde a pandemia é repensada constantemente. O trabalho é minucioso, envolve ajustes, decisões rápidas, treinamento, estudos, apoio às famílias, suporte aos profissionais, comunicação, atenção ao que ocorre no cenário internacional e muitas outras vertentes”, enumera. O Hospital também segue diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS).

Ao mesmo tempo em que os números são vistos com positividade, há de se manter a atenção. Diversos países da Europa viram uma nova onda de infecção pelo novo coronavírus depois do relaxamento de restrições. “A covid-19 é uma doença imprevisível, apesar da redução no número de novas internações, pacientes internados vivenciam momentos críticos e a evolução é incerta, por melhores recursos que tenhamos”, afirma. “Por isso, nosso esforço é contínuo em manter firme nossa linha de frente e disseminar a informação de que nenhum cuidado deve ser deixado de lado”, acrescenta.

Até hoje, mais de 1 mil pessoas foram salvas da covid-19 pela equipe do HSV. A luta segue em frente.  “Tenho confiança em dizer que o São Vicente tem feito um dos melhores trabalhos de todo o país no enfrentamento à pandemia. E isso é resultado de um bom trabalho em equipe. O apoio da comunidade, seguindo protocolos de segurança precisa ser mantido. Seguimos com esperança de ver os números da covid-19 cada vez menores”, finaliza o superintendente.

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