O Ambulatório de Cuidado do Idoso na Especialidade de Ortopedia do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), obteve mais um importante avanço para a assistência de pacientes com osteoporose. Cadastrado no programa de Capture the Fracture do Internacional Osteoporosis Fundation (IOF), órgão mundial de maior representatividade voltado para estudos, evolução e tratamentos relacionados a osteoporose, o ambulatório jundiaiense recebeu nesta quarta-feira, dia 28, o certificado internacional da categoria prata.
De acordo com o médico ortopedista Dr. Rogério Savoy, que coordena o trabalho no HSV, esse avanço representa que temos hoje em Jundiaí um serviço com qualidade internacional, semelhante aos melhores hospitais do mundo para o tratamento de osteoporose. “Entramos no programa em 2017, de início recebemos o certificado verde. O processo normal é passar pelo certificado azul, bronze, prata e ouro. No nosso caso, diante do bom trabalho feito por toda a equipe – incluindo médicos, enfermeiros, recepcionistas, equipes de laboratório e tantos outros envolvidos – nosso ambulatório foi tão bem avaliado que passamos direto da fase azul para a prata”, comemora o médico.
Para que isso fosse possível, o órgão realiza avaliações e acompanha dados com freqüência. “A captação e identificação dos pacientes, o tempo entre o tratamento de uma primeira fratura e o diagnóstico não pode durar mais que seis ou oito semanas; a realização de todos os exames necessários para o diagnóstico efetivo da doença que é ofertado por meio do HSV; quesitos de melhorias contínuas aplicadas pelo serviço, dentre outros fatores”, explica Dr. Savoy sobre a criteriosa avaliação às quais as instituições participantes são submetidas.
Osteoporose
Segundo Dr. Savoy, a osteoporose é uma doença que acomete especialmente pessoas com idade a partir dos 60 anos. Consiste em um problema ósseo que pode levar a fraturas frequentes, mesmo em situações de quedas mínimas ou esforço de pouca intensidade. “É uma doença progressiva e silenciosa, por isso é essencial o diagnóstico para que a pessoa faça tratamento e tenha orientações, evitando traumas que podem ser irreversíveis”, diz. O médico também relata que os pacientes que têm uma fratura em decorrência da osteoporose têm 50% de chances de ter novas fraturas.
Atualmente o Ambulatório de Osteoporose atende 600 pacientes com a doença. “Uma em cada três mulheres com idade a partir de 60 anos e um a cada cinco homens na mesma faixa etária, terão a doença”, afirma.
“O essencial é que se o médico atender um paciente com um braço quebrado, por exemplo, ele possa, além de tratar o braço, investigar o histórico deste paciente a fim de saber se ocorreram outras fraturas e até fazer relação em eventuais fraturas futuras”, orienta. Por essa razão, o médico faz questão de ressaltar que a assistência e o conhecimento acadêmico devem andar sempre lado a lado. “Além da importância do tratamento, disseminar este modelo de trabalho junto aos nossos residentes e alunos da Faculdade de Medicina de Jundiaí, promove a melhoria contínua para quem depende dos serviços médicos”, finaliza.