“Percebo que os homens estão mais esclarecidos. Esse preconceito com o exame de toque é bobagem e o rastreamento precoce pode salvar uma vida”. A fala é do médico urologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dr. Benedito Assis Bottene, que alerta para os cuidados com a saúde masculina e a detecção prematura do câncer de próstata. O tema é amplamente abordado neste mês, por meio da campanha de conscientização mundial, Novembro Azul. O movimento chama a atenção para o assunto, que ainda é tabu quando se trata dos exames necessários para a identificação da doença.
“O toque é um exame complementar ao exame de sangue, além de ser simples, rápido e indolor. O número de homens que procuram o serviço de saúde aumentou e isso é um grande avanço. Quanto antes o paciente for diagnosticado, mais perto ele fica da cura. O rastreamento é indicado para homens acima de 50 anos e a maior incidência é em pacientes acima de 70. A orientação é que as pessoas com casos em parentes de primeiro grau, como pais, irmãos ou avôs, devem redobrar a atenção e, nessa situação, os exames devem ser realizados a partir dos 45 anos”, explica Dr. Benedito.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é que até o fim do ano de 2020, 65 mil novos casos tenham sido registrados. Dentre os sintomas estão a dificuldade para urinar, a presença de sangue na urina e fluxo urinário fraco ou interrompido. “O Hospital São Vicente oferece o tratamento completo do câncer de próstata. Além do procedimento cirúrgico chamado prostatectomia radical, a instituição também conta com a hormonioterapia, quimioterapia e radioterapia. A vigilância ativa é realizada no ambulatório de especialidades. O trabalho que desenvolvemos é de excelência”, elogia o urologista.
Atualmente, 300 pacientes realizam a hormonioterapia e 29 estão em tratamento na Radioterapia. Na instituição, em média, 70 pacientes são operados anualmente. “É uma doença lenta, muitas vezes silenciosa, assim como o câncer de mama. O câncer de próstata só perde para o de pele no índice de mortalidade entre homens do Brasil. Ainda assim a chance de cura é muito grande, por isso é importante disseminarmos o assunto”, evidencia Bottene.