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Credenciado, Hospital São Vicente prioriza atendimento inclusivo para PCD

Nesta quinta-feira, 03 de dezembro, o mundo celebra o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A data, instituída em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo conscientizar a população a respeito da importância de assegurar uma melhor qualidade de vida a todos os deficientes. Priorizando a acessibilidade no atendimento, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) foi credenciado pelo Ministério da Saúde no Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD), a fim de garantir os direitos desses usuários. 

Grupo Voz da Esperança durante apresentação musical

Estão aptas a participar do programa, entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos que atuam e oferecem serviços a pessoas com deficiência, assim como o São Vicente. Se admitida, a instituição receberá uma verba para implantação das ações por meio da lei de incentivo. É permitido que empresas tributadas pelo lucro real e pessoas físicas optantes pelo modelo de declaração completa destinem até 1% do seu Imposto de Renda para projetos de empresas desse caráter. 

A deficiência pode ser classificada como física, auditiva, visual, mental e múltipla, quando duas ou mais deficiências estão associadas. O que poucas pessoas sabem é que pacientes com colostomia, ileostomia, urostomia, gastrostomia e traqueostomia, intervenções cirúrgicas realizadas em pessoas, que por motivos de saúde ou acidente, precisam de um canal alternativo em seu corpo para evacuar fezes e urina ou auxiliar na alimentação e na respiração, também são consideradas PCD. 

Como um dos exemplos de inclusão, está o grupo de pacientes traqueostomizados, “Voz da Esperança”, criado pela equipe de fonoaudiologia do Hospital São Vicente. “O grupo foi criado a partir da necessidade observada durante as sessões de fonoterapia. Fizemos um espaço para troca de informações, vivências e experiências entre indivíduos que passaram, estão passando ou passarão por um tratamento no qual ocorre a perda definitiva da voz laríngea, gerando assim diversos prejuízos como a perda da identidade, limitação na interação social, autoimagem negativa, isolamento e dificuldade no âmbito profissional”, explica Dhyanna Suzart, fonoaudióloga.

De acordo com a profissional, que coordena a ação em conjunto com a também fonoaudióloga, Bruna Fulachi, atualmente, o grupo conta com a participação de nove pacientes e seus respectivos acompanhantes e familiares. “Nossa intenção é auxiliar a inclusão dos mesmos na sociedade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes submetidos à laringectomia total, tal como transmitir a mensagem de prevenção e combate contra o principal preditor do câncer de laringe: o cigarro”, reforça Dhyanna.

O paciente e membro do grupo, Jonas da Silva, de 61 anos, conta como a iniciativa mudou sua vida. “No começo foi muito difícil. Nesse período a gente tem muita dificuldade em se comunicar, mas graças a Deus, com o apoio das fonoaudiólogas, eu fui me esforçando, fui treinando e hoje me comunico em qualquer lugar. O projeto é ótimo para nós e somos muito gratos por essa união”.

Antes da pandemia os encontros aconteciam em todas as últimas sextas-feiras de cada mês, no anfiteatro da instituição. No entanto, desde março deste ano, as atividades estão suspensas em virtude do novo coronavírus.