Quando Geraldo José Velozo iniciou sua vida profissional na área da saúde, jamais poderia imaginar que um dia dividiria com o filho o orgulho e a satisfação de trabalhar em prol da sociedade, salvando e transformando vidas todos os dias. Desde cedo, Henrique Andrade Velozo, cresceu com a influência de seu herói, presenciando o amor e a dedicação com que seu pai sempre trabalhou. A admiração pela área também foi aflorada pela mãe enfermeira e pela irmã, que também trabalha na área da saúde. Destinado, Henrique aproveitou o estimulo e hoje é colaborador no Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU), assim como Geraldo, motorista e socorrista na unidade.
“Quando eu completei sete anos de instituição teve um processo seletivo para rádio operador no Serviço de Atendimento a Pacientes Especiais e Crônicos (SAEC), onde também trabalhei por nove anos. Fiquei sabendo e contei ao meu filho que participou e passou, o que já me animou muito. Posteriormente, ele se interessou pela área, se formou técnico em enfermagem e eu mal pude acreditar que ele estava seguindo os meus passos”, conta Geraldo cheio de orgulho.
Com fotos antigas nas mãos, da infância dos filhos, o socorrista ressalta que dentre os valores ensinados aos mais jovens, evidenciou a importância da honestidade. “Eu sempre procurei ensinar o meu filho a ser uma pessoa honesta, trabalhadora e boa com as pessoas. Nosso trabalho exige isso e a vida também. Nosso trabalho é doação, nos torna uma pessoa melhor a cada dia”, compartilha o socorrista.
O profissional, que acumula 13 anos de contribuição no SAMU, ainda aproveita para falar sobre a relevância do serviço para a comunidade. Segundo Geraldo, cuidar de pessoas é sua maior satisfação, sendo este um dos trabalhos mais dignos que alguém pode desempenhar. Referência para a Jundiaí e região, o SAMU de Jundiaí realiza em média 1600 atendimentos mensais, conta com profissionais capacitados e tecnologia de ponta para manter a excelência e qualidade do serviço prestado à população.
Amizade e Companheirismo
Dentre as histórias compartilhadas dentro da unidade, a que mais emociona pai e filho é a do primeiro dia em que atenderam uma chamada juntos. “O primeiro dia que nos encontramos na viatura foi emocionante, eu não acreditava de tão feliz que estava. Foi uma sensação muito diferente e muito boa. Ainda estávamos processando a informação”, brinca Geraldo. “A união de forças para um bem maior”, conclui.
Próximos, Henrique conta que nunca discutiu com o pai e que o trabalho em conjunto só fortaleceu mais a relação dos dois. “Eu e meu pai sempre conversamos bastante. Acreditávamos que iria ser uma situação estranha, pois nunca pensei em trabalhar com ele. Mas a verdade é que tem sido uma experiência muito legal, sair com ele para as ocorrências, chegar em casa e saber que juntos salvamos alguém, que estamos contribuindo para melhoria de vida das pessoas”.
Atualmente cursando enfermagem, o profissional conta que sua posição pede empatia e comprometimento. “Nesses momentos percebo o quão gratificante é a nossa profissão. Do outro lado sempre tem alguém precisando de ajuda, de socorro. Sou grato por poder ser esse herói para alguém e de compartilhar tudo isso com meu pai”, finaliza.