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SAMU alerta adultos e crianças sobre afogamento e importância da vigilância durante as férias

Dr. Mário Jorge Kodama alerta para riscos de afogamento

Nos meses de dezembro, janeiro e julho, as tão sonhadas férias são cheias de aventuras para as crianças. Na maior parte das vezes, buscando um momento de lazer em família, os destinos mais procurados são os de praias, lagoas e rios, além de viagens para locais com piscinas. Apesar de refrescantes e divertidas, a atenção nessas situações deve ser redobrada. Em 2022, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), registrou um aumento geral de 50% no número geral de ocorrências por afogamento. 

O médico coordenador do serviço, Dr. Mario Jorge Kodama, explica que a desatenção dos pais é causada principalmente pelo uso do celular e consumo de bebidas alcoólicas. “Muitas vezes os responsáveis estão no mesmo ambiente que a criança, perto da água, mas esses são fatores que podem diminuir o nível de alerta e contribuir para um acidente como o afogamento. Os pequenos precisam de supervisão 100% do tempo”.

Mas não são só as crianças que necessitam de atenção. As mesmas distrações também podem causar acidentes com adultos. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), o afogamento é uma das principais causas de morte em todo o mundo para crianças e jovens de 1 a 24 anos. Todos os anos, cerca de 236.000 pessoas morrem afogadas. “Sabemos que esse acidente pode ocorrer de diversas formas, até mesmo quando alguém se prontifica a realizar o salvamento, pula na água e acaba se tornando a vítima”, alerta Dr. Mario. 

O que fazer?

• Se você estiver diante de um afogamento e souber nadar, tiver habilidade e conhecimento, retire a pessoa da água. Caso contrário, não se arrisque. De qualquer maneira, acione imediatamente o serviço de urgência.

• Se a vítima ainda estiver submersa, acione o corpo de bombeiros por meio do telefone 193. A equipe é responsável pelo salvamento aquático. Se a vítima já estiver em solo, acione o SAMU por meio do telefone 192.

• Até a chegada da equipe de salvamento, as pessoas presentes podem iniciar os primeiros socorros e até mesmo realizar massagem cardíaca se conhecerem a manobra. Também é possível ligar para o SAMU, no 192, para receber orientações até a chegada do serviço. 

Como prevenir?

• Redobre a atenção quando estiver em locais como rios, lagos, piscinas e mar. Principalmente com crianças.

• Quando possível, em locais com piscina, utilize telas e grades de proteção, limitando o acesso da criança à água.

• Não subestime o local. Verifique a profundidade e tenha sempre cuidado ao entrar na água, considerando fatores como correnteza, ondas fortes e tubulações.

• Divirta-se com prudência. Lembre-se de que esse momento deve ser de alegria e segurança acima de tudo. 

Não é brincadeira!

Sabemos que no pior dos casos o afogamento pode ser fatal. Para quem é resgatado, sequelas podem permanecer pela vida toda. “A pessoa pode apresentar desde uma sequela respiratória muito leve até uma sequela cognitiva, sofrer por hipóxia, que é falta de oxigênio nos tecidos e principalmente no cérebro e ficar acamado, inclusive em estado vegetativo. O afogamento é a causa mais frequente de óbito em crianças de até 4 anos. Então o maior alerta é para a primeira infância”, conta Kodama. 

“Se estiver com a criança na piscina, mantenha a distância de um braço, utilize redes de proteção e dispositivos como boias indicadas para cada idade. A orientação que o SAMU oferece nesse período é de que as crianças não podem ficar sozinhas em hipótese alguma e que os adultos devem priorizar sempre a segurança e a responsabilidade. Nosso trabalho é salvar vidas, mas precisamos da ajuda da população”, finaliza.

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