Nesta terça-feira, dia 21, completa um mês desde a realização da primeira cirurgia realizada dentro do mutirão de cirurgias eletivas, anunciado pelo prefeito Luiz Fernando Machado no mês de dezembro. Desde então, 87 cirurgias já foram marcadas e 46 delas já realizadas, por meio de um convenio firmado entre a Prefeitura Municipal de Jundiaí e o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV).
A primeira paciente do mutirão foi a dona Ana da Silva, 82 anos, moradora do Bairro Jundiaí Mirim. No dia 21 de janeiro, ela realizou a cirurgia de prótese de quadril no Hospital Universitário, que é um dos hospitais conveniados por meio do HSV. “A recuperação dela está sendo muito boa. Cinco dias depois da cirurgia ela passou por reavaliação médica, retirou os pontos, fez curativos e recebeu todo o cuidado. Depois de 15 dias, fez nova reavaliação, com exames, inclusive de raio-x. O médico disse que ela está indo muito bem. Já conseguiu retirar o andador e usa apenas o apoio de muleta”, relata o filho Abílio Acciari Junior, 54 anos.
Ao ver a mãe se recuperando, a família está muito animada. “Somos em dois filhos, ela tem quatro netos e um bisneto. Ela já fica em pé sozinha, ainda tem um pouquinho de dificuldade para andar, mas já toma banho sozinha, faz tudo sozinha. É um ganho importante para a qualidade de vida dela e, principalmente, para o convívio com os netos”, comemora o filho.
“Temos acompanhado a evolução das cirurgias. As que tinham uma maior fila de espera são relacionadas a ortopedia, por isso, demos início ao mutirão com essa especialidade. Nossa meta é abranger todas as especialidades, como as gerais, urológicas, circulatórias, do aparelho digestivo e outras mais, contemplando as cirurgias eletivas de baixa e média complexidade. Vamos equalizar a fila de espera que foi fortemente agravada nos momentos mais agudos da pandemia Covid-19.”, reafirma o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado.
Para a realização das cirurgias, os pacientes passam por uma bateria de exames. “Tomamos todo o cuidado de marcar uma consulta com o paciente em nossos Ambulatórios de Especialidades e Ortopedia para que haja uma reavaliação do caso e os exames mais recentes sejam analisados pelo médico. Caso haja algum exame desatualizado, é providenciado para que seja refeito. A partir do exame, é feita nova consulta. O paciente estando apto para a cirurgia, o procedimento é marcado”, explica o superintendente do HSV, Matheus Gomes. A expectativa é atender a 3 mil pacientes que estão em fila para procedimentos cirúrgicos, a partir de nova avaliação, até o final deste ano.
“A organização do Mutirão, com investimento de R$ 20 milhões recebidos do governo do Estado, garante a agilidade no atendimento para quem estava esperando por um procedimento. Durante a pandemia, o São Vicente recebeu todos os pacientes da doença e as cirurgias ficaram suspensas. Com planejamento, conseguimos oferecer o pacote cirúrgico completo”, detalha o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Tiago Texera.
Nos últimos dois meses o HSV tem realizado em média 655 cirurgias mensais, especialmente as de alta complexidade, média de 22 cirurgias diárias. O Hospital também está viabilizando algumas adequações para que em curto prazo possa realizar as cirurgias de média complexidade e que fazem parte do mutirão.