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Por meio do esporte, profissional encontra caminho para a felicidade e compartilha história de superação

Antes de tudo, é preciso dizer que a história da nossa personagem começa pelo final e, não ironicamente, esse foi o início de uma jornada cheia de autoconhecimento e o primeiro passo para uma nova vida. No dicionário, o significado da palavra ‘felicidade’ não nos oferece indícios de como alcançá-la, mas é literal em seu entendimento. O estado é definido como uma sensação real de satisfação plena e bem-estar.

Além da academia, faz parte da rotina da auxiliar administrativo de faturamento no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Eliane Cristina de Souza, práticas como corrida, trekking, caiaque, tai chi chuan e ciclismo.  É quase inacreditável que, esbanjando energia, a colaboradora tenha a mobilidade reduzida. Até 2017, Eliane nunca havia praticado qualquer exercício físico. Naquele ano, a profissional foi diagnosticada com uma doença reumática crônica e autoimune após sentir fortes dores no corpo e nas articulações. O que poderia ter reforçado um estilo de vida sedentário, foi o motivo que faltava para encarar o desafio da mudança.

Quando eu descobri, a doença já estava tomando conta do meu corpo, desde a face até os pés. Fiquei muito debilitada, não conseguia me locomover, comer, perdi peso, autoestima e não tinha vontade de sair da cama, não só pela limitação física, mas também mental. Era difícil entender que minha doença não tinha cura e teria que lidar com isso para sempre. Quando me dei conta dessa realidade, decidi que me entregar não era uma opção”, determinou Eliane.  

Tai chi chuan e corrida estão entre os hobbies da colaboradora (Foto: arquivo pessoal)

Foi então que a condição despertou na colaboradora uma vontade urgente de viver. “Procurei alternativas de me movimentar e estimular meu corpo. Comecei com o ciclismo, mas me encontrei na corrida, mesmo não tendo a saúde a meu favor, já que o esporte gera impacto no joelho e no pé. Iniciei com 5km, fui treinando e hoje estou quase alcançando os 42km. Isso é uma superação para mim. Passei a ter outra visão sobre a vida, me deu sentido para lutar contra o diagnóstico paliativo”. 

A prática é compartilhada com um colega, também colaborador do HSV. Ambos decidiram participar de um grupo para encorajar um ao outro. “É importante receber esse apoio para não termos a opção de desistir”, ressalta Eliane. 

Mãe de dois filhos, a profissional conta que até a relação entre eles mudou. “Sempre tive o amor deles, mas agora é diferente. Ficamos mais próximos, eles acreditam no meu potencial, incentivam, sentem orgulho de mim e de todas as minhas conquistas. Continuo praticando esportes que gosto, tomando minhas medicações e seguindo em frente. Deixo esse recado para que as pessoas não se entreguem. Hoje, independentemente de tudo, posso dizer que sou uma pessoa feliz”. 

Eliane trabalha no HSV há 11 anos

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