Médica orienta sobre os perigos das altas temperaturas
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de setembro deve bater recorde histórico de temperaturas. A notícia chega como um alerta para a população, que sofre com as mudanças drásticas de temperatura semana após semana. A previsão é de 40ºC a 45ºC em boa parte do país. Com tanta instabilidade, fica difícil manter a qualidade da saúde. Pouco conhecida, a condição do estresse térmico apresenta grandes riscos. Saiba mais sobre o assunto com a médica clínica geral do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dra. Marília Soares e Silva Arcadipane.
Qual a causa?
O estresse térmico ocorre quando o corpo é exposto a temperaturas extremas, sejam baixas ou altas, principalmente calor intenso, e não consegue se resfriar adequadamente e se manter nos 36,5°C – ideal para o organismo humano. Isso pode levar a uma série de problemas de saúde, desde desconforto leve até condições graves, como insolação, exaustão pelo calor e desidratação.
Assim como a maioria das enfermidades, o diagnóstico possui alguns fatores de risco, sendo mais suscetível para idosos e crianças, pessoas com condições médicas preexistentes e que trabalham ou se exercitam em ambientes quentes.
“Nosso corpo possui um mecanismo de defesa, já que busca se adaptar aos efeitos do calor. Porém, quando a temperatura corporal sobe rapidamente, ele não consegue mais nos proteger, levando a uma reposta inflamatória que necessita de tratamento imediato”, conta a médica.
Como identificar?
Alguns dos sintomas são dor de cabeça, pele quente e seca, confusão mental, fadiga, vertigens e náuseas. Inicialmente, para contenção de sintomas leves, o paciente pode buscar por ambientes frescos e hidratar-se, mas vale ressaltar que a condição é considerada uma emergência médica e, por isso, é necessário atendimento médico.
O que devo fazer?
Para aliviar o desconforto ou diminuir a gravidade dos sintomas que podem aparecer com a onda de calor, a população pode seguir algumas recomendações. “Evitar atividades físicas intensas em ambientes expostos diretamente ao sol, principalmente entre às 10h e 16h; aplicar o protetor solar, usar roupas leves, incluindo acessórios como óculos de sol, boné e chapéu; manter uma alimentação leve e o corpo hidratado”, orienta Dra. Marília.
Proteção solar é indispensável