Por meio de projeto, pacientes recebem atendimento personalizado no HSV

Em março deste ano, a médica reumatologista Isadora Jochims, do Hospital Universitário de Brasília no Distrito Federal, criou o projeto “Prontuário Afetivo”, que posteriormente virou referência de atendimento humanizado em todo o país. Neste mês, foi a vez do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) aderir à iniciativa. Responsáveis pela implantação do programa na instituição jundiaiense, a psicóloga Nayara Pancelli e o médico coordenador do projeto, Dr. Djalma Barbosa Junior, iniciaram a atividade na Unidade de Suporte Intermediário (USI), voltada ao tratamento de pacientes com covid-19.

O objetivo é mediar a comunicação entre o paciente, a equipe de profissionais e a família, bem como, diminuir o impacto psicológico causado pelo adoecimento e a hospitalização. “Nós buscamos humanizar e preservar a individualidade e a subjetividade de cada paciente, além de lembrar a todos das pequenas coisas que fazem os pacientes sorrirem”, explica Nayara. 

As informações são coletadas por meio de contato telefônico com os familiares quando os pacientes são admitidos na unidade. Dentre os dados levantados, estão o estilo de música preferido do paciente, time de futebol do coração, quem são os filhos e netos, hobbies como artesanato e gastronomia, além de traços da personalidade da pessoa. As descrições são inseridas em uma arte especial e fixadas no leito do paciente. 

“O Prontuário Afetivo nada mais é do que a união entre o histórico de vida do paciente e os cuidados que ele necessita no momento. Essa soma de informações faz com que os profissionais tenham mais empatia, ajuda a conhecer o ser humano em sua singularidade e fortalece os vínculos entre paciente e equipe de trabalho”, ressalta a psicóloga. 

A filha do paciente Valdenir Pereira dos Santos, de 64 anos, conta que a ação diminui também um pouco da distância entre eles, já que as visitas estão suspensas na unidade. “Achei a ação muito legal porque, devido a pandemia, não conseguimos visita-lo. Nós recebemos as ligações dos médicos e também realizamos as chamadas de vídeo, o que é bom para nós familiares, que muitas vezes estamos desestabilizados com a situação e tristes por estarmos longe. Saber que ele está recebendo esse acompanhamento psicológico e que tem ciência que nós estamos, de alguma forma, junto com ele ao passar esses dados, é muito importante”, disse Vanessa dos Santos Ramos. 

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