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Uso excessivo de telas prejudica a memória e afeta o emocional

O uso excessivo de telas está relacionado ao aumento de problemas de saúde mental, como aponta uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Aparelhos tecnológicos como celulares, tablets e computadores estão bastante presentes no dia a dia da população, que está cada vez mais conectada.

Crianças e adolescentes são considerados ‘nativos digitais’, pois nasceram e cresceram junto com os celulares e a internet, por isso o hábito é tão arraigado. A pesquisa da UFMG aponta que 72% das crianças que fazem uso excessivo de celular desenvolvem depressão, ansiedade ou têm problemas para dormir. Apesar de este número cair para um terço quando se trata de adultos de meia idade e idosos, ainda é uma porcentagem alarmante”, explica a psicóloga hospitalar e coordenadora do Núcleo de Experiência do Paciente, Caroline Alves Vieira.

Segundo a profissional, o prejuízo cerebral é o impacto no uso da memória e na correlação de informações. “A velocidade processada para as informações obtidas por aparelhos eletrônicos é bem mais rápida que a do nosso cérebro, o que pode deixá-lo ‘preguiçoso’ e nos decepcionar quando dependemos só dele, como quando estamos longe dos celulares”, afirma.

Uso excessivo de celular e redes sociais é prejudicial à saúde mental

Caroline explica que, nos dias atuais, a necessidade de buscar informações na internet é grande. “Procurar qualquer informação na internet antes de tentar se lembrar sozinho, seja para trabalho ou lazer, já é um hábito prejudicial. Estamos deixando de exercitar nossa memória e passando muito tempo em frente aos aparelhos”, aponta a profissional.

Além dos prejuízos à memória, o uso excessivo de telas, principalmente relacionado às redes sociais, também afeta o emocional dos usuários. “O ato de se comparar com os outros não é novidade, mas ganhou intensidade com o uso das redes sociais, que trazem a ideia de que a perfeição existe e deve ser alcançada. Essa comparação faz com que a pessoa se sinta insuficiente e provoca sentimentos ansiosos e depressivos”, explica Caroline.

Para diminuir o uso de aparelhos, o primeiro passo é mantê-los distantes de vez em quando. “O uso excessivo de telas pode gerar prejuízos cognitivos, sociais e emocionais. Para se distrair fora das redes, é interessante realizar ações que estimulem a memória e promovam sensação de bem-estar, como alimentar-se bem e caminhar”, afirma a psicóloga hospitalar.

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