Dia Nacional de Prevenção da Obesidade é lembrado nesta sexta-feira (11)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2025, 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estarão acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade.No Brasil, conforme alerta um novo estudo apresentado no Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO) 2024, realizado no mês de junho, quase metade dos brasileiros adultos (48%) terá obesidade e mais 27% terão sobrepeso até 2044.
A condição é diagnosticada por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que considera o peso e a altura do paciente. Quando o resultado é acima de 30 kg/m2, indica que o paciente é obeso. Já pacientes com IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 são diagnosticados com sobrepeso. “A obesidade pode ter diversas causas, como fatores genéticos, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, uso de medicamentos que favorecem o ganho de peso e fatores emocionais e psicológicos, como estresse e exaustão”, afirma a médica endocrinologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dra. Taynara Willers Melero.
A obesidade também é considerada fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, doenças hepáticas, gastrointestinais e diferentes tipos de câncer, além de distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão. Por isso, nesta sexta-feira (11), é lembrado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, data que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção.
“Os tratamentos para obesidade no Brasil variam de acordo com as necessidades individuais do paciente. A abordagem terapêutica inclui mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada e redução do consumo de alimentos ultraprocessados, consumo adequado de água e a prática de exercícios físicos regulares, para potencializar o gasto energético e o ganho de massa muscular. A recomendação é a prática mínima de 150 minutos de exercícios aeróbicos por semana, com exercícios de fortalecimento muscular pelo menos duas vezes por semana”, explica Dra. Taynara.
Segundo a médica do HSV, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem se mostrado uma grande aliada no tratamento da obesidade. “A TCC ajuda a modificar os fatores psicológicos que influenciam o comportamento alimentar e a relação do paciente com a comida. Na obesidade, o foco é em modificar pensamentos automáticos disfuncionais e crenças distorcidas sobre alimentação, peso e corpo, que por diversas vezes potencializam os hábitos alimentares inadequados”, reforça.
Dra. Taynara explica que mudança no estilo de vida é fundamental para tratamento