Referência para outras instituições no país, Hospital São Vicente participa de mais um estudo nacional

Com o avanço da tecnologia, a área da saúde precisa estar em constante evolução. A cada dia, novos equipamentos, procedimentos, tratamentos, fluxos e conhecimentos são atualizados por meio de estudos e pesquisas realizadas mundialmente. Independente da especialidade, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) têm se destacado em publicações cientificas nacionais e internacionais, se juntando ao hall de instituições de referência no país, como Sírio Libanês e Albert Einstein.  

Dr. Robson celebra sucesso de estudo

Desta vez, representando o HSV e a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), o neurologista, Dr. Robson Lázaro, participou do estudo sobre vacinação em geral e contra a SARS-CoV-2 para pacientes com doenças desmielinizantes do sistema nervoso central. O objetivo foi estabelecer um consenso nacional para determinar a possibilidade ou não de vacinação desses pacientes, em que circunstâncias essas vacinações podem ser efetivadas e quais os tipos de vacina cada pessoa pode tomar. As recomendações são do Departamento Científico de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia (DCNI/ABN) e do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas (BCTRIMS).

Nós precisávamos fazer esse levantamento para avaliar as possibilidades não só referentes a eficácia para vacinação, mas também para a liberação da mesma devido aos potenciais efeitos nocivos da imunização. Nosso ponto de partida foi por meio da covid-19, que trouxe essa necessidade quando as vacinas contra a doença começaram a ser produzidas, mas abrangeu todas as imunizações presentes em nosso calendário nacional de vacinação. Observamos esse processo em pacientes que possuem doenças autoimunes, que são inflamatórias do sistema nervoso central e periférico, e que muitas vezes necessitam de tratamento imunossupressor para controlar essas doenças”, explica Dr. Robson.

A pesquisa, que utilizou bibliografia nacional e internacional, contou com a participação de outros especialistas na área, visando a padronização para regulamentação das vacinas. “Chegamos à conclusão que as vacinas contra o coronavírus são seguras, além de serem recomendadas para esses pacientes especificamente. A única ressalva é com relação aos imunizantes que possuem o vírus vivo atenuado. “No caso do nosso país, a vacina que seria contraindicada nesses casos, por exemplo, são as vacinas da febre amarela e de sarampo.  Pacientes que já estão fazendo tratamento imunossupressor, ou mesmo até os pacientes que são transplantados, que precisam tomar a medicação para evitar rejeição, acabam recebendo essa contraindicação. Existe um risco elevado de infecção causada pela própria vacina”, conta o neurologista.

Colaborador da instituição jundiaiense desde 2004, essa é a segunda passagem do médico pelo hospital, onde também trabalhou quando ainda era estudante. Orgulhoso, Dr. Lazaro faz questão de enaltecer o trabalho realizado dentro da unidade hospitalar. “Acredito que essas iniciativas trazem prestígio para nossa cidade e para nossa instituição. Os profissionais daqui são muito bons. Dentro do São Vicente nós temos uma diversidade e complexidade de casos difíceis de serem vistos em outros lugares. É um hospital de ensino como nenhum outro e sempre converso sobre isso com os residentes, pois o médico que trabalha aqui, é capaz de ‘tocar’ qualquer hospital no país. É uma honra poder ressaltar isso em nível nacional”.

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